segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
As damas da noite
Vai lá polaca
entra no banho
troca o vestido
arruma o colchão
e pinta essa boca
de vermelho encarnado.
Vai lá mucama
coloca o espartilho
empina a bunda
levanta o zíper
e veste a coroa
de rainha da noite.
Vai lá morena
se pinte, se borde
com pedras de jade
sem nada por baixo
somente o perfume
de lavanda felina.
Vai lá mulher
vê se toma jeito:
o meu você tomou.
Imagem disponível sob CC, em: http://www.sextapoetica.com.br/wiki/images/b/b0/As_damas_da_noite.JPG . Tela da artista Tila.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Boteco e poesia
Sentado à mesa
a cerveja do lado
vejo a beleza
o boteco lotado.
Bundas vão gordas
bundas vão magras
peitos são grantes
peitos são murchos.
Tudo é belo no boteco:
o copo que quebra
a palma que bate
o tempo que corre
o papo que latem.
Falam dos bons
falam dos ruins.
Bondade e maldade
permeiam julgos afins.
a cerveja do lado
vejo a beleza
o boteco lotado.
Bundas vão gordas
bundas vão magras
peitos são grantes
peitos são murchos.
Tudo é belo no boteco:
o copo que quebra
a palma que bate
o tempo que corre
o papo que latem.
Falam dos bons
falam dos ruins.
Bondade e maldade
permeiam julgos afins.
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Embriaguez
Intoxicação do trabalho
sobriedade da vida
para suportar a dor
do trabalho usurpado
anda sóbrio na lida
com a vida partida:
oprimido, violento
racional, poético
obediente, criativo.
Um humano embriagado.
sobriedade da vida
para suportar a dor
do trabalho usurpado
anda sóbrio na lida
com a vida partida:
oprimido, violento
racional, poético
obediente, criativo.
Um humano embriagado.
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