Queria contar sílabas,
fazer um bonito haicai.
Prá descontar o que contei.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Onipotente maquinário
Lembro cada dia do ano
e reconto todos os meus passos:
Tudo aquilo que fiz
traz um pouco do que agora eu faço
Eu sigo essa cena acenando
assovios para ontem... a esperança para amanhã
ganhando ou perdendo vamos lutando
por mais que a luta - já sabemos - seja vã
Faltando o sentido do belo no presente
o romantismo se renova no futuro esperado
A batalha que traço, os passos que conto
movem as catracas do onipotente maquinário.
(mais um escrito com o Nevinho.)
e reconto todos os meus passos:
Tudo aquilo que fiz
traz um pouco do que agora eu faço
Eu sigo essa cena acenando
assovios para ontem... a esperança para amanhã
ganhando ou perdendo vamos lutando
por mais que a luta - já sabemos - seja vã
Faltando o sentido do belo no presente
o romantismo se renova no futuro esperado
A batalha que traço, os passos que conto
movem as catracas do onipotente maquinário.
(mais um escrito com o Nevinho.)
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Sexo com o léxico
Palavras
nossas melhores amigas,
nossas amigas melhores
nossas melhores mulheres
nossas mulheres intrigas
nossas intrigas, inteiras brigas
e nossas voltas com as palavras
Pois falo à palavra fraca
a força do falo puro,
que fala em doces linhas
e goza na fina estrofe.
(Nevinho escreveu a primeira parte e deu o título.)
nossas melhores amigas,
nossas amigas melhores
nossas melhores mulheres
nossas mulheres intrigas
nossas intrigas, inteiras brigas
e nossas voltas com as palavras
Pois falo à palavra fraca
a força do falo puro,
que fala em doces linhas
e goza na fina estrofe.
(Nevinho escreveu a primeira parte e deu o título.)
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Mulheres e apenas
Após a vida em Esparta
e da beleza de Simone
continuam tendo na mira
o velho e burro exemplo
das mulheres atenienses.
Falta o próprio sentido
no Espírito da liberdade
nas lições do sábio filósofo
apreendidas pelos poetas
e pelas mulheres parisienses.
Só há o sexo pensante
que faz o resto pensar
sendo o devir humano
o burro e velho exemplo
do comportamento natural.
Espartanas e parisienses
que invoquem suas belezas
invertam a natureza
com o poder da poesia,
do sublime, da alegria.
e da beleza de Simone
continuam tendo na mira
o velho e burro exemplo
das mulheres atenienses.
Falta o próprio sentido
no Espírito da liberdade
nas lições do sábio filósofo
apreendidas pelos poetas
e pelas mulheres parisienses.
Só há o sexo pensante
que faz o resto pensar
sendo o devir humano
o burro e velho exemplo
do comportamento natural.
Espartanas e parisienses
que invoquem suas belezas
invertam a natureza
com o poder da poesia,
do sublime, da alegria.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Cibercultura
A tela me consome
em protocolos distribuídos:
horizontais, abertos, difusos.
Suga a imundice
que povoa a minha mente:
adubada com esterco digital.
Toda organizada
em planícies de silício:
verticais, fechadas, conexas.
Podres fantasias
tornam belas mercadorias:
armazenadas, processadas, geridas.
Na cibercultura
asas batem em progresso:
atualizando erros do passado.
em protocolos distribuídos:
horizontais, abertos, difusos.
Suga a imundice
que povoa a minha mente:
adubada com esterco digital.
Toda organizada
em planícies de silício:
verticais, fechadas, conexas.
Podres fantasias
tornam belas mercadorias:
armazenadas, processadas, geridas.
Na cibercultura
asas batem em progresso:
atualizando erros do passado.
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