terça-feira, 8 de junho de 2010

Estação Barra Funda



A marcha da massa se traça na força da angústia do dia que passa.

A moça aguarda no caminho da massa,
que olha a graça,
mas não perde a forma.

Segue pela rampa,
na marcha,
a espera da próxima graça,
que, não demora, passa.

Mas a massa não ultrapassa o limite da marcha.

Acompanha a graça da moça quando a imagem embaça,
embaralha na massa.

Permanece no caminho da casa,
num gozo em massa que sonha:
o sexo e a graça,
sob a rigidez do dia que passa.

E goza sem massa na flacidez da casa,
onde a vida não se forma,
o gozo não se traça
e a doença se conforma,
numa vida sem graça.


Essa poesia está no Sexta Poética, em: http://sextapoetica.com.br/wiki/index.php?title=Estação_Barra_Funda

Imagem disponível sob CC, em: http://farm2.static.flickr.com/1209/1320058680_78d30b1f47.jpgspan>

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