quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Cibercultura

A tela me consome
em protocolos distribuídos:
horizontais, abertos, difusos.

Suga a imundice
que povoa a minha mente:
adubada com esterco digital.

Toda organizada
em planícies de silício:
verticais, fechadas, conexas.

Podres fantasias
tornam belas mercadorias:
armazenadas, processadas, geridas.

Na cibercultura
asas batem em progresso:
atualizando erros do passado.

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